Medidas que os “portugueses já conhecem” definidas para os próximos 15 dias
“O confinamento está a produzir resultados e, por isso, temos de agradecer o esforço cívico dos portugueses”. Foi assim que António Costa começou por se dirigir ao povo português, esta quinta-feira, depois de ter terminado mais um Conselho de Ministros.
O primeiro-ministro salientou que a “situação continua a ser extremamente grave”, referindo que apesar de estarmos “numa trajetória descendente”, “estamos praticamente ainda a um nível superior a 960 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias”. Por este motivo, declarou que os portugueses terão de manter o atual nível de confinamento durante o mês de fevereiro e “provavelmente” também em março. “Não é momento para discutir o desconfinamento, total ou parcial. É momento para continuar com determinação a fazer o que temos feito nas últimas semanas porque só assim poderemos ter um nível de segurança na gestão da pandemia”, afirmou.
No seu discurso ao país, António Costa sublinhou ainda dois riscos novos a ter em conta. O primeiro é que há uma redução significativa do número de vacinas de que Portugal vai dispor neste trimestre face ao que estava estimado.
Estava previsto haver 4,4 milhões de vacinas no primeiro trimestre, mas as empresas farmacêuticas reduziram significativamente o seu fornecimento e vão chegar apenas 1,98 milhões de doses. “Não há nenhum atraso nacional, há um atraso na produção“, frisou. Outro risco anunciado diz respeito às variantes que poderão surgir. “Ninguém sabe, ninguém pode garantir nem ninguém pode evitar que novas variantes venham a surgir”, declarou o primeiro-ministro.
Já na fase de respostas à comunicação social, reforçou que “estamos longe de conseguir atingir níveis de segurança“, pelo que é “extremamente prematuro” falar em medidas de desconfinamento, mas “quando isso acontecer será gradual”. Para já, assegurou que “não haverá Carnaval e seguramente a Páscoa também não será a Páscoa que todos nós conhecemos”.