IV Gala da Banda Velha União Sanjoanense celebra a música e o espírito de união

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Já está escolhido o novo 007, é de S. João de Loure e foi apresentado, ontem à noite, na IV Gala da Banda Velha União Sanjoanense (BVUS) que completa o seu 196.º aniversário. Lotação esgotada no Centro Cultural local para assistir à celebração e balanço do último ano de atividades, com receção requintada, tapete vermelho para as fotografias, entrega de prémios – “BVUS Awards”, atuações musicais e momentos de teatro recheados de humor.

A gala, acompanhada em direto via Internet pelos que não puderam estar presentes, teve início com o desfecho da paródia que vinha sendo publicada nas redes sociais, sobre um grupo de Caretos (nome por que são designados os habitantes de S. João de Loure) que deu a volta ao mundo, imbuído da missão de encontrar o novo 007. O grupo regressou de helicóptero, em plena gala, para anunciar com suspense, pompa e circunstância, que o novo 007, afinal, é prata da casa, chama-se Acácio Rico e foi ali coroado, qual Charles III, como se de uma verdadeira majestade se tratasse.

Começou assim uma noite que se prolongou com muitos risos e aplausos, mas também com glamour, emoção e sentido de pertença a uma causa cultural ao serviço da comunidade.

“Estamos habituados a ver-nos uns aos outros de farda, mas nestas galas anuais produzimo-nos um pouco melhor e trazemos as nossas famílias, para estarmos todos juntos, recordar os melhores momentos e agradecer a todos os que contribuíram para a atividade da Banda”, disse Etelvina Almeida, presidente da direção, ao Jornal de Albergaria.

Coube a Catarina Almeida e Leandro Abrantes apresentar o espetáculo, uma dupla espontânea e cúmplice que foi anunciando, uma a uma, as seis categorias de nomeados. Eles próprios seriam distinguidos, respetivamente “Miss Clave de Sol” e “Mister Clave de Fá”.

O prémio “Obra do ano”, atribuído à peça musical que a Banda mais gostou de interpretar, foi para “Space Trip”, composta por Tiago Martins, maestro da BVUS. Na categoria “Naipe do ano”, atribuído a um instrumento, venceram as flautas, por ter sido o naipe que mais evoluiu. Mariana Gonçalves foi a jovem “Revelação do ano”. As praxes feitas no autocarro aos novos elementos, foram eleitas como “Momento do Ano”, por terem sido uma forma divertida de passar o tempo, dentro daquele meio de transporte.

Além dos prémios distribuídos internamente, a Gala distinguiu também a Festa de S. Tiago de Ferreira, bem como o empresário João José Pereira da Silva, que deu a conhecer a Banda no Norte do país. Mário Almeida foi também distinguido pelo seu empenho, em especial no que toca a decidir novas rotas de atuação.

Les Brûlès, novo grupo de sopros e percussão, de que fazem parte alguns elementos da BVUS, protagonizou uma atuação musical com temas de pop-rock, que marcou o programa da noite.

A Gala terminou com a “Homenagem aos músicos”, em que subiram ao palco, primeiro, os elementos com 50 a 60 anos de Banda, e depois todos os outros por ordem de antiguidade, num total de mais de 60 músicos. O mais novo tem 11 anos e o mais velho (Manuel Oliveira) está na casa dos 70.

“Depois da pandemia que nos assombrou, ninguém deixou de colaborar”, salientaram os apresentadores, elogiando a dedicação, a entrega e “a grande união, companheirismo e espírito de equipa da grande família que é a Banda Velha União Sanjoanense”.

Redigido por Sofia Meneses