Incêndios: Governo decreta situação de alerta de domingo a terça. Incendiarismo duplicou de julho para agosto

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Foto: DR

As novas medidas incluem algumas restrições nas zonas florestais e reforço do patrulhamento face à duplicação do incendiarismo de julho para agosto – este mês, 26% dos fogos foram “em princípio” causados por este fator, comparando com os 13% de julho.

O ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, anunciou esta sexta-feira que o Governo vai decretar a situação de alerta em todo o território continental nos dias 21, 22 e 23, devido ao risco de incêndio. A reavaliação será feita na segunda-feira ao final do dia, no mesmo dia em que o executivo se reúne com os autarcas das zonas mais afetadas pelos incêndios.

As medidas são aplicadas a nível nacional e contam com o reforço de patrulhamento por parte das Forças Armadas, com um acréscimo de 25 patrulhas, motivado pela duplicação do incendiarismo de julho para agosto – sendo que, 26% das causas de incêndio em agosto, “em princípio” estão associadas a este fator, comparando com os 13% de julho.

Para além das proibições nos concelhos com risco de incêndio muito elevado, como é o caso de Albergaria-a-Velha, foram estabelecidas novas medidas a nível nacional:

  • Limitação do uso de fogo, máquinas e trabalhos agrícolas
  • Acesso restrito a espaços florestais
  • Reforço no patrulhamento das Forças Armadas com 25 patrulhas
  • Contratação de 100 equipas de bombeiros (500 profissionais)
  • Pagamento de mais de um milhão de euros às corporações de bombeiros do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais, pagos pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)

As decisões foram tomadas com base em fatores críticos como o “novo foco de calor que se vai fazer sentir nos próximos dias, a partir de domingo” que pode atingir temperaturas de 40°C e “ventos que poderão variar entre 50 e 60 km/hora” e a “manutenção de seca severa a extrema em grande parte do território”, esclareceu o MAI, em declarações à imprensa.