O Instituto Português do Mar e da Atmosfera alerta para uma terceira onda de calor, a começar no sábado, dia 20, e para um mês de setembro mais seco e mais quente que o normal. O perigo de incêndio rural mantém-se, pelo menos, durante mais um mês e meio.
Miguel Miranda, o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), reuniu, na manhã desta quarta-feira, com os ministros da Administração Interna e da Agricultura, e alertou para o início de uma nova vaga de calor, a terceira este ano, a partir de sábado, dia 20.
“Passámos uma onda de calor de grande intensidade que chegou a temperaturas que quase rondaram os 50°C. Passámos uma segunda onda de calor com menos intensidade, mas, mesmo assim, com muito impacto. E vamos passar uma terceira onda de calor provavelmente dentro de dias”, alerta o presidente, reforçando que a vaga atingirá com maior intensidade o continente.
Miguel Miranda chama igualmente à atenção para as previsões meteorológicas relativas ao mês de setembro. “As previsões não são positivas do ponto de vista da precipitação (…) será um pouco mais seco e um pouco mais quente”, acrescentou.
Com um apelo aos cidadãos para que mantenham o cumprimento das regras de prevenção de incêndios em época de maior risco, o presidente do IPMA informou: “O problema do perigo de incêndio rural em Portugal está ainda a meio da campanha. Falta metade de agosto, setembro e não sabemos quanto tempo de outubro. Temos um sistema natural que está extremamente fragilizado e temos ainda um mês e meio pela frente, pelo menos, para sermos capazes de ultrapassar.”
A partir de sábado, segundo as previsões do IPMA para o risco de incêndio, estão em alerta máximo todos os concelhos da Guarda e parte significativa dos concelhos de Castelo Branco, Viseu, Leiria, Santarém, Coimbra e Faro. Relativamente às temperaturas elevadas, para sexta-feira, aparecem com “alerta: tempo quente” os distritos: Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Portalegre, Setúbal, Évora e Beja.
O presidente do IPMA terminou o encontro com os ministros lamentando não ser possível “transmitir notícias mais otimistas”.
Texto redigido por Beatriz Ribeiro