Verdade? Sim, a minha verdade!

0
190
Mês do Carnaval. Mês em que se assinala o Dia Mundial contra o Cancro. Festejamos também o dia da Internet Segura e Dia de limpar o computador.

O despertar da humanidade para a ilusão e fantasia talvez tenha mesmo começado no Carnaval, ou Entrudo, como lhe quiserem chamar. Uma grande consciência de si mes­mo, para si mesmo e na rela­ção com os outros por baixo de uma máscara, num entusiasmo e expectativa como se tudo fos­se felicidade. Não há limites e nada é impedido, é claro que só dura dois dias: diz o povo e tem razão! Depois volta tudo ao normal: às dificuldades do dia-a-dia, às dúvidas e medos, aos desapontamentos e verda­des, até que subitamente focali­zamo-nos nas nossas vidinhas de sempre e pensamos, duma forma séria, será que continuo a viver ilusões?
No mesmo mês que festeja­mos a liberdade destas expres­sões fictícias, festejamos tam­bém o dia da Internet segura e Dia de limpar o computador. Será altura de pensarmos tam­bém nos milhares de pessoas que através de um ecrã dizem o que bem lhes apetece, sem filtro ou mesmo sem qualquer consciência ou com a rapidez necessária para pensar no que os outros podem entender ou pensar. Cada vez mais, é neces­sário nos “aculturarmos” com esta nova espécie de relações wireless: tudo parece que está à distância de um toque e tudo nos parece atingível!
É desta forma que corremos o risco de ouvir histórias felizes, bem felizes, muito felizes, mas também histórias de ciúmes e de atitudes possessivas que perderam a verdadeira noção da celebração do dia do S. Va­lentim. Magoa saber que a defi­nição de Amor ou Amar, não é totalmente conhecida por mui­tos, ou verbalizada como deve de ser: ou o Cupido anda dis­traído ou os deuses devem es­tar loucos porque os conceitos hoje em dia do que é namorar andam perdidos, tão completa­mente!
Que os pensamentos nos le­vem para bem longe, mas que nos tragam de volta à Terra, num mundo em que tudo passa tão rápido, tudo é tão eféme­ro. Dou por mim a pensar que neste mês, também se “come­mora” a luta contra o cancro: dou por mim a pensar que não existe família que não tenha um caso na família ou não co­nheça alguém que sofra desta maleita. Como li, em algures, vivam o HOJE, porque o ON­TEM já passou e o AMANHÃ ninguém sabe como vai ser! A luta continua…