O aumento do número de novas infeções por Covid-19 em Portugal leva a que o cenário de um novo confinamento geral, à semelhança do praticado em março e abril, com o encerramento da restauração e comércio não alimentar, seja cada vez mais provável. O cenário mais expectável para o Governo é o de um confinamento de 15 dias mas que poderá prolongar-se durante um mês.
O Primeiro-Ministro, António Costa, reuniu-se durante esta sexta-feira com o PS, PSD, PCP e CDS para discutirem novas restrições mais duras, que podem entrar em vigor já a partir da próxima semana. Apesar da possibilidade do encerramento generalizado, as escolas vão-se manter abertas e o teletrabalho obrigatório pode estar de volta.
O ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira, admitiu, durante o dia de hoje, que as novas restrições para controlar o número de infetados por Covid-19 podem incluir o encerramento da restauração e do comércio não alimentar.
O cenário a aplicar será o mesmo “quadro que vigorou durante o mês de abril ou o quadro que vigorou durante a primeira quinzena do mês de maio“, explicou o ministro em conferência de imprensa.
Durante a comunicação, Siza Vieira recordou que durante o período indicado, a indústria e a construção civil mantiveram-se em funcionamento ao contrário de atividades como “o pequeno comércio não alimentar” e a restauração que funcionava exclusivamente em regime de ‘take-away‘ e de entrega ao domicílio.
O ministro explica que o objetivo é ter “um momento de travagem”. “Nesta altura, o que o Governo entende contemplar é ter um período contido para travar o ritmo de crescimento e isso aponta para uma duração mais curta das medidas, mas isso ainda tem de ser ponderado“, acrescentou.
O reforço do apoio aos trabalhadores e às empresas e atividades sejam obrigadas a encerrar foi um dos comprometimentos assumidos pelo Governo. “Se vamos ter um período de 15 dias com mais restrições é preciso reforçar os apoios“, sublinhou.
Este fim de semana, a circulação entre concelhos está proibida em todo o país e obrigados ao recolhimento obrigatório entre as 13h00 e as 05h00, com a exceção de 25 concelhos, que pode consultar aqui.
Aquando a administração das primeiras vacinas no Hospital de Aveiro, a infeciologista, Filomena Freitas alterava, em entrevista ao Jornal de Albergaria, para a necessidade de continuar com as medidas de higiene e distanciamento social para travar a transmissão do vírus.
No concelho de Albergaria, os números têm aumentado nos últimos dias. No ponto de situação de 06 de janeiro, o município registava 103 casos ativos, o que indicava o aumento de nove casos. A nível nacional, esta sexta-feira foi atingido um novo máximo no número diário de novos casos, com 10.176 casos e 118 mortes.