Misericórdia de Albergaria comemora Dia Internacional da Mulher

0
1108
Exif_JPEG_420

O Dia Internacional da Mulher, que hoje se comemora, foi celebrado na Misericórdia de Albergaria-a-Velha, numa confraternização que reuniu todas as funcionárias que se encontravam a cumprir turno, ou seja, mais de um terço do total de 103 mulheres que trabalham nesta instituição centenária.

O provedor da Misericórdia, José Silva Pedro – acompanhado pelo vice-provedor, Fernando Chaló, pela secretária Conceição Araújo e pelos vogais Emília Campos, José Matos e José António Tavares – repartiu por todas um grande bolo comemorativo e ramos de rosas brancas.

Num breve discurso, José Silva Pedro felicitou as mulheres que trabalham e se dedicam diariamente à Misericórdia, e manifestou o seu “reconhecimento e respeito” por todas elas, considerando-as “verdadeiras heroínas” pelo seu contributo para o bem-estar dos utentes da Instituição.

Emília Campos, vogal da Mesa, usou da palavra em nome das Mulheres, para lembrar que, nos dias de hoje, ainda há muitas que não têm voz nem direitos. Desejando que o Dia da Mulher seja todos os dias e não apenas o dia 8 de março, a mesária realçou o papel imprescindível das funcionárias da Misericórdia.

“Vocês e a vossa humanidade estão em maioria e são o rosto e o corpo desta instituição”, afirmou, pedindo-lhes que continuem a dar o melhor de si todos os dias. “A Mulher é a candeia da casa”, concluiu, citando uma passagem da Bíblia.

Com apenas dois elementos masculinos, a equipa de funcionários é maioritariamente feminina e verdadeiramente internacional, dada a diversidade de países de origem: Portugal, Brasil, Angola, Guiné, Venezuela, Ucrânia, Índia.

Entre elas, encontra-se Maria Madalena Silva, já reformada, mas que continua a prestar serviço por vontade própria, sendo uma das mais antigas trabalhadoras, com 23 anos de casa. “Sinto-me bem aqui, gosto do meu trabalho, o ambiente é muito bom e manter-me ocupada faz bem à cabeça”, disse ao Jornal de Albergaria.

Refira-se que as mulheres estão em maioria não só na equipa executiva, mas também no que toca às utentes. Curiosamente foi uma mulher que estreou o lar inaugurado em dezembro de 1989. Chama-se Maria Idília Garcia Castelhano Vinhas, como a própria se apresentou, tem 96 anos e está no lar há quase 40 anos.

“Esta agora é a minha casa, aqui estarei até quando Deus quiser”, disse Maria Edília, que, pela sua idade, olhar vivo e determinado, bem pode aqui simbolizar a resistência e a força de todas as mulheres do  mundo.