Os cursos gratuitos de Língua Portuguesa do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) de português formal e não formal contam, de momento, com 30 alunos, entre migrantes e refugiados de guerra vindos da Ucrânia. Foi aberto um novo curso para responder à elevada procura.
O Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) de Albergaria-a-Velha tem vindo a oferecer cursos de Língua Portuguesa a migrantes e refugiados desde setembro de 2021. De momento, os cursos de português formal e informal contam com um total de 30 alunos, que retomam as aulas neste mês de setembro.
“Estes cursos têm tido bastante adesão e são parte central para a inclusão de migrantes e refugiados, quer a nível social, quer para a procura de emprego”, conta Cindy Gomes, coordenadora do CLAIM de Albergaria.
A adesão positiva incentivou a abertura de um novo curso de Língua Portuguesa de Acolhimento (português formal) com o apoio do IEFP e do Gabinete de Inserção Profissional (GIP) de Albergaria, que a CLAIM espera que se inicie ainda este ano. “Temos já 47 pré-inscrições e teremos agora de as conjugar com os critérios de adesão do IEFP e encontrar um formador”, explica Cindy Gomes, esclarecendo que os critérios são os normais do IEFP, essencialmente relacionados com o “processo de legalização” no país.
Os cursos da CLAIM, tal como este novo, têm como prioridade a adaptabilidade dos horários das aulas à situação laboral dos alunos, sendo a incompatibilidade destes o principal motivo apontado para a reprovação – por exemplo, o primeiro curso de língua portuguesa não formal, que terminou em julho, contou com 24 alunos dos quais apenas oito adquiriram o diploma de conclusão.
“As formações são sempre em pós-laboral e aos fins-de-semana, mas mesmo assim torna-se complicado por causa do trabalho por turnos variados ou de mudança de posto de trabalho que traz alteração de horários”, comenta a coordenadora. Em relação à possibilidade de colocar um menor peso na assiduidade no momento de avaliação, Cindy Gomes explica que tal só é de possível adaptação nos cursos informais, sendo os formais pautados por critérios de avaliação pré-definidos pelo IEFP.
A coordenadora justifica esta incorporação do IEFP nos cursos pela vantagem que representa para os alunos refugiados e migrantes. “Um certificado do IEFP de um curso de Português com 150 horas é um grande ajuda para concluir o processo de obtenção de nacionalidade”, explica.
Texto redigido por Beatriz Ribeiro