Caso de agressão grave em Angeja chega a Tribunal de Aveiro

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Foto: DR

O suspeito de 25 anos está acusado de homicídio qualificado na forma tentada e detenção de arma proibida. A vítima de 42 anos apresentou-se em Tribunal visivelmente abalado. A rixa ocorreu há cerca de um ano no Café Boavista, em Angeja. O julgamento iniciou-se no passado dia 6, no Tribunal de Aveiro.

Na noite de 19 de novembro de 2021, no Café Boavista, em Angeja, como noticiou o Jornal de Albergaria na edição impressa de 2 de dezembro desse ano, um homem de 42 anos foi fortemente agredido por um suspeito de 25 anos, com um objeto não identificado no relatório pela Polícia Judiciária (PJ). O agressor tentou ainda alvejar a vítima enquanto a deitava contra o chão, tendo falhado por mero acaso.

O homem agredido foi encontrado deitado, rodeado de uma poça de sangue, e foi levado para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. O suspeito entregou-se na PJ de Aveiro e ficou em prisão preventiva, detido por fortes indícios de homicídio na forma tentada.

“Era uma pessoa normal, comum, e deixei de o ser. A minha vida foi-me retirada”, desabafou o homem agredido, na passada quinta-feira, no início do julgamento no Tribunal de Aveiro, citado pela agência e notícias Lusa.

A vítima, um mecânico de bicicletas que praticava tiro desportivo, apresentou-se em tribunal com dificuldades de locomoção e sem ter qualquer memória sobre os factos ocorridos da noite da agressão. “Foi um apagão total”, disse a vítima, que atualmente se encontra a fazer fisioterapia.

No início da sessão, o arguido, que responde pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada e detenção de arma proibida, explicou que, após uma conversa agressiva sobre pesca, o homem de 42 anos puxou de uma pistola e ameaçou-o dizendo: “Como tu já limpei uns quantos. Dou-te já um tiro”. Nessa altura, um amigo do alegado agressor terá feito um “mata-leão” ao homem e, nesse momento, retirou-lhe a arma das mãos.

Relativamente ao disparo que poderia ter atingido o homem de 42 anos, o acusado afirma: “Após o disparo fiquei completamente em pânico, porque me apercebi que era uma arma verdadeira”. Nessa noite, como é sabido, o jovem entregou-se à polícia. O caso continua em Tribunal tendo esta sido a primeira sido a primeira sessão de julgamento do arguido.