A programação “transformadora, febril, que sobrevive da vontade e do inconformismo” d’A Milha – Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo espalha-se pelos pontos culturais do concelho com atuações de música e dança, entre as quais está o emblemático projeto de criação comunitária Coro da Madrugada para cantar os temas que marcaram o pós-1974.
“Uma comunidade que se junta para criar tem a força bruta de uma revolução. Quando dizemos bruta, o que queremos realmente dizer é transformadora, febril, que sobrevive da vontade e do inconformismo de quem coloca as suas mãos à disposição do outro e da liberdade”, é assim que se apresenta a edição 2024 d’A Milha – Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo, que decorre de 1 a 3 de novembro, entre a Fábrica Ideias Gafanha Nazaré e a Casa Cultura Ílhavo.
No domingo, dia 27, decorreu marcado o evento pré-Milha ‘Todos os nossos dias, Abril’, protagonizado pela Orquestra Filarmónica Gafanhense, na Fábrica Ideias Gafanha Nazaré. O espetáculo foi uma homenagem aos 50 Anos do 25 de Abril e dedicou-se aos êxitos que marcaram a celebração da Liberdade.
A mesma inspiração será levada à palco pelo projeto comunitário ‘O Coro da Madrugada’, nascido para interpretar José Afonso, reportório com o qual esgotou vários espetáculos, vem agora com “Uma Nova Manhã” para cantar o pós-1974, numa viagem por autores como José Mário Branco, Jorge Palma ou Fausto.
«GINECEU», a quinta criação da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo; o regresso dos Encontros PRAIA que juntam oito músicos para tocar novas criações e o projeto comunitário ‘Orquestra do Mar’ com Samuel Úria a assumir os comandos na interpretação do disco ‘Uma Canção para a Europa’, editado por Carlos do Carmo em 1976; fazem igualmente parte da Festa.
O programa completo está disponível no website do 23Milhas, encarregue da atividade cultural do Município de Ílhavo, organizador do evento.