Até 29 de setembro os munícipes podem conhecer o núcleo expositivo “Moleiro”, na Biblioteca local, inserido na exposição ‘As {11} Vidas da Ria’, repartida pelos concelhos da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro.
A Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha recebeu a visita protocolar da exposição “11 Vidas da Ria: Moleiro”, parte integrante do projeto polinuclear que envolve os 11 municípios da Região de Aveiro, no âmbito da nomeação de Aveiro como Capital Portuguesa da Cultura 2024. O objetivo da mostra é destacar e valorizar as profissões tradicionais da Região através dos trajes etnográficos utilizados pelos trabalhadores.
Delfim Bismarck realçou a importância do traje de moleiro como “profissão característica do concelho” e, por isso, presente em “quase todos os grupos etnográficos do nosso município”. Pedro Teixeira, coordenador municipal da Unidade de Cultura, reforçou as palavras do vereador da História e Património, ilustradas na atual centralidade do património molinológico no concelho. “Albergaria entra nesta exposição graças à nossa Rota de Moinhos, uma das rotas com mais moinhos cadastrados. Era natural valorizar a profissão do moleiro”, detalhou.
A exposição inclui painéis com tradução em inglês onde se leem relatos de antigos moleiros da zona, que contam como era o dia-a-dia da atividade e descrevem os percursos feitos pelos trabalhadores. O vestuário e utensílios utilizados na moagem dos cereais e uma representação gráfica da Rota dos Moinhos integram igualmente a mostra.
“Tudo o que está aqui reflete os hábitos, tradições, dizeres e costumes da atividade do moleiro na altura. A maior parte do design estabelecido tem por base os motivos e padrões dos tecidos do traje da profissão”, explicou Pedro Teixeira.
“É um projeto que tem de ir ao encontro das gerações mais novas pelo contágio, pela entrada junto da comunidade de cada município”, afirmou, quando questionado pelo JA sobre o interesse dos jovens no tema da exposição. O coordenador referiu que atividades desenvolvidas junto dos mais novos e comunidade escolar, como workshops de pão, podem ajudar a aguçar a curiosidade desta faixa-etária.
Quanto à adesão do público geral, Pedro Teixeira afirma que “os comentários são positivos, e as pessoas acabam por visitar a exposição, seja em Albergaria ou em outros municípios da região; há sempre um pretexto para visitar”, concluiu.
A exposição fica patente até ao final de setembro, dia 29. Os visitantes e entidades locais despediram-se com um Porto d’Honra.