Supermercados impedidos de vender livros, roupa e objetos de decoração

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A limitação da venda de alguns produtos nas grandes superfícies é a novidade no que toca às medidas voltadas para a economia anunciadas esta semana. O objetivo é não prejudicar o pequeno comércio que tem de fechar portas durante o confinamento. Neste sentido, a partir do início da próxima semana, “produtos de decoração, desportivos, livros ou têxteis” não podem ser encontrados nas prateleiras dos supermercados e hipermercados.
A informação foi avançado pelo Ministro do Estado e da Economia. “O que está previsto é que seja possível limitar a venda nos super ou hipermercados, grandes superfícies de distribuição alimentar, o tipo de produtos que é comercializado nas lojas cujo encerramento se determina [neste novo confinamento geral]”, afirmou Pedro Siza Vieira durante uma conferência de imprensa.
O despacho que fixa os artigos a excluir das prateleiras ainda não foi publicado, mas sabe-se que a fiscalização do cumprimento desta medida será assegurada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Entretanto, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), já se mostrou contra estra proibição, defendendo que a mesma vem causar danos económicos e privar os consumidores. “A medida em causa vem, por um lado, privar ou dificultar o acesso dos consumidores a um leque alargado de bens. Por outro lado, vem causar maiores danos económicos às empresas portuguesas que têm nos super e hipermercados um importante canal de comercialização da sua produção, bem como a todas as cadeias de valor associadas a esses mesmos produtos. Sem que haja qualquer benefício em termos de saúde pública, consumidores e empresas veem assim agravados os elevados sacrifícios e custos causados por este confinamento”, pode ler-se num comunicado.
Recorde-se que durante o Estado de Emergência está proibida a venda de bebidas alcoólicas, a partir das 20h00, nos estabelecimentos de comércio a retalho, incluindo supermercados e hipermercados.