Marcelo Rebelo de Sousa anuncia fim do Estado de Emergência

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Após ouvir os especialistas durante a manhã de hoje e os partidos com assento na Assembleia da República durante a parte da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou, há momentos, ao país, a sua decisão de não renovar o Estado de Emergência.

Uma decisão que explica basear-se “na confiança que tem observado por cada um de nós” e nos números da pandemia, que no último mês tem registado uma estabilização dos novos casos assim como o número de mortes e de internados.

Um mês após a Páscoa e três semanas depois de abertas as escolas, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que esta opção é também um “sinal de esperança para tudo o que nos espera“. Apesar do levantamento da decisão, o Presidente da República deixa o alerta de “não hesitar” em voltar a declarar Estado de Emergência, caso o cenário de estabilidade da pandemia se altere. “Não estamos numa época livre de Covid, podemos infetar os nossos contactos e permitir que a doença continue a transmitir-se e que novas variantes menos controláveis pela vacina surjam“, avisa.

Face a esta realidade, o representante da Nação apela a uma “preocupação preventiva” por parte da população para “evitar um regresso a um passado que ninguém quer“.

Deixou também um agradecimento aos especialistas, mas também a todos os portugueses pela “disciplinada resistência” ao longo deste ano e dois meses. “Cada abertura implica mais responsabilidade“, continua Marcelo Rebelo de Sousa que relembra tratar-se de “uma luta que é de todos” onde “temos de poder contar com cada um de nós“. O voto de confiança na população foi reforçada no fecho do discurso com a certeza de que “cada português conta e vai contar porque cada português sabe que é Portugal“.

Nas últimas 24 horas, o país registou mais 353 casos de infeção por Covid-19. Neste momento, encontram-se hospitalizados 346 pessoas, menos 19 do que ontem e 86 nos cuidados intensivos, menos cinco do que no dia anterior. Depois de um dia sem mortes, hoje registaram-se cinco óbitos por Covid-19.