Petição para requalificar Rua Sra. do Socorro conta com mais de 100 assinaturas

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Passeios danificados, ausência de espaços verdes, caixotes do lixo sem estrutura lateral que os impeça de tombar e falta de iluminação são algumas das queixas dos moradores. O presidente da Câmara assegura que a rua não está ao abandono e “será requalificada tão brevemente quanto possível”.

A petição online ‘Rua Senhora do Socorro em Albergaria-a-Velha: Mais Segura!’, que conta com 104 assinaturas, solicita “urgente intervenção da Câmara Municipal” e apresenta-se na “expectativa de uma resposta breve e de ações concretas”.

Como problemas identificados, os moradores apontam para “passeios irregulares e gravemente degradados” que “obrigam diariamente crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida a circular pela estrada, expondo-os a risco de acidentes”, agravado por “buracos no pavimento” que “dificultam a circulação e aumentam o risco de danos em viaturas e quedas de peões”.

A falta de iluminação noturna, que “compromete a segurança e aumenta a vulnerabilidade a acidentes e atos de vandalismo”, e a retirada do parque infantil, que “priva as crianças de um espaço seguro de lazer e convivência” são igualmente queixas dos moradores e frequentadores do espaço.

Os munícipes pedem ainda solução para a ocupação indevida de terreno público, a queda de contentores do lixo por falta de estrutura lateral e com lixo espalhado e ausência de espaços verdes organizados.

Autarquia responde

António Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, questionado pelo JA, assegurou que a rua “não está esquecida, nem ao abandono”. O edil acrescentou que “foi das poucas a receber lombas, foram repostos alguns pontos danificados dos passeios e substituídas árvores a pedido dos moradores”, detalhou.

O presidente da Câmara reforçou que a maioria dos danos verificados nos passeios resultam do crescimento de raízes e argumentou que “não se pode simplesmente abater árvores de forma indiscriminada para reabilitar os passeios”.

Em relação ao parque infantil, António Loureiro indicou que este foi desinstalado do local dado o estado de degradação em que se encontrava e que a decisão de repor o equipamento dependerá de uma análise das necessidades do local.

“A rua tem sido alvo de melhorias ao longo dos anos e, como as restantes do concelho que precisam de reabilitação, será requalificada de acordo e tão brevemente quanto possível”, respondeu António Loureiro, sem apontar data concreta para o início de trabalhos, indicando apenas que os passeios e a própria estrada serão intervencionados.

O presidente da Câmara avançou que a rua receberá “um novo projeto imobiliário que irá implementar alguma reabilitação mais profunda na zona”. Relativamente à falta de iluminação, António Loureiro afirmou não ter conhecimento de nenhuma reclamação feita à autarquia.

Soluções dos moradores

O grupo informal de moradores explicou, como indicou a porta-voz, ter avançado agora com a petição por uma questão de disponibilidade dos membros que integram o coletivo, tendo os problemas sido previamente identificados entre vizinhos. O grupo apresenta-se como um conjunto de moradores preocupados, sem qualquer conotação partidária.

“Estes problemas comprometem a qualidade de vida da população, colocam em risco a segurança de todos e prejudicam a imagem da freguesia. Uma intervenção municipal eficaz é necessária e imediata”, lê-se na petição.

No documento online pedem a requalificação das vias e passeios; melhoria da iluminação pública; reinstalação do parque infantil; resolução da ocupação indevida de terrenos; colocação de estrutura adequada para contentores e mais caixotes do lixo no local ou recolhas mais frequentes; e ainda a criação de espaços verdes e percursos pedonais/cicláveis.

A porta-voz reafirmou que os vizinhos não defendem o corte de árvores indiscriminado e sugere que se faça “o que já foi feito em algumas ocasiões – o corte de uma árvore antiga para reparar o passeio e a replantação de uma nova”.