Na passada quinta-feira (20), na sequência de uma penhora judicial, foram identificados quatro cães, dentro de uma moradia em Albergaria-a-Velha, a viver em condições de insalubridade. Os animais estarão a viver sozinhos na habitação onde comem e dormem junto dos dejetos espalhados por todo o espaço.
Segundo informações prestadas pela GNR, os animais pertencem à proprietária da habitação, que não se encontra a viver no local. À exceção de “uma senhora que lá vai deitar alimentação aos animais”, os cães são os únicos habitantes da moradia. Aquando da entrada no local, a GNR afirma que os animais “não estavam nas melhores condições de higiene, mas estavam alimentados. Tinham água e comida e não apresentavam sinais de subnutrição”.
A situação foi reportada às entidades competentes e o caso está a ser acompanhado pela GNR. “Estamos a fazer o acompanhamento da situação, temos verificado se os animais continuam a ser alimentados, o que acontece”, explica a Guarda que acrescenta estar a trabalhar junto da proprietária e da delegada de saúde numa solução para os animais.
Em declarações ao Jornal de Albergaria, a vereadora da Câmara Municipal, Sandra Almeida, explica que “a retirada dos animais não pode ser feita porque estão em residência privada e possuem titular. Até à emissão de mandato judicial, não podemos fazer nada”. Caso seja dada luz verde para a retirada dos cães, os mesmos terão de ser encaminhados para Centros de Recolha Oficial (CRO) de municípios vizinhos, por não existir resposta no concelho. Trabalho que a responsável garante já estar a ser acautelado.
A GNR reforça que, por não se tratarem animais errantes ou por não estarem na via pública, de momento, não podem tomar outras ações além de verificar se os animais continuam a ser alimentados.
Tanto a GNR como o município e o advogado presente no momento da penhora já realizaram os procedimentos legais de denúncia da situação e o caso foi remetido para o Ministério Público.