ProBranca sensibiliza miúdos e graúdos para cuidados com exposição solar

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Atenção às horas, proteção solar e roupa leve, água e hidratação da pele foram apresentados como quatro grandes aliados para um tempo bem passado ao sol. O Departamento de Dermatologia do Hospital de Aveiro foi à ProBranca lembrar lições sobre cuidados solares, para um período de interrupção escolar passado em segurança.

Cinco profissionais de saúde do Departamento de Dermatologia do Hospital de Aveiro aceitaram o convite da ProBranca para dinamizar a sessão ‘Não se Brinca com o Sol’, que deu, no primeiro dia de julho, as boas-vindas a um verão que sequer passado em segurança. A iniciativa foi dinamizada pelas respostas sociais para a Infância da ProBranca, que incluem serviços de Creche, Jardim de Infância e ATL.

Natália Pestana, diretora técnica do ATL da ProBranca, agradeceu ao Hospital de Aveiro por ter “amavelmente acedido ao convite” quando o alerta é mais necessário, dado o calor e índice de ultravioleta dos últimos dias e sendo o tempo de interrupção escolar passado maioritariamente no exterior. A Farmácia Confiança “sempre muito próxima do dia-a-dia da ProBranca”, como disse Natália Pestana, foi igualmente parceira do evento.

“E porque santos da casa não fazem milagres, quisemos trazer especialistas na matéria para reforçar as regras – que somos verdadeiramente chatas a passar – sobre a utilização de bonés e consumo de água. Proteger as nossas crianças é um ato de amor”, reforçou a diretora técnica. A começar numa nota positiva, as palestrantes referiram os benefícios da exposição solar associados ao lazer, saúde mental e vitaminas que assegura ao corpo.

Por outro lado, alertaram para os riscos de uma exposição solar excessiva e descuidada, como queimaduras solares e risco de cancro na pele, “que está muito relacionado com a exposição solar na infância, onde uma situação de risco pode aumentar a probabilidade de, no futuro, desenvolver um problema”, como explicou a oradora. Para além disso, alertaram ainda para as consequências associadas ao envelhecimento da pele e da retina, possibilidade de desenvolver cataratas e desidratação.

Quatro protetores poderosos

Como formas de combate, a sessão avançou com quatro fatores essenciais a considerar: horas, proteção, água e hidratação. Sobre a primeira, foi lembrado que a hora mais crítica para a exposição solar é das 12h às 6h e o período mais saudável verifica-se das 11h e depois das 17h – para os adultos que quiserem ensinar às crianças esta lição de forma visual, as palestrantes apresentaram o relógio solar ‘Zé Pintas’, criado pela xxxx, que pode encontrar aqui.

No campo da proteção, o segundo ponto, existem inúmeros aliados: roupa leve e opaca, chapéu e óculos de sol e protetor solar. Este último deve ser colocado em todas as zonas do corpo, sem esquecer zonas tendencialmente negligenciadas, como os pés e as orelhas; deve ser aplicado 20 minutos antes da exposição solar e reaplicado de duas em duas horas.

A quantidade de protetor solar também importa. A palestrante alertou para o uso insuficiente de creme como fator de possível falsa sensação de segurança. Para tirar todas as teimas aos mais novos e educadores, explicou a quantidade apropriada de protetor com o objeto que toda a gente tem em casa: uma colher de sopa. Deve usar-se uma para cada braço, duas para o tronco e duas para cada perna.

A audiência foi ainda sensibilizada para a importância do uso de protetor solar sempre que há exposição solar e não só na praia. Deve aplicar-se creme no parque, na piscina ou para passeios; seja à sombra ou em dias com nuvens, porque, trocado por miúdos “há sempre reflexão da luz do sol quando estamos à sombra e não deixamos de estar mais desprotegidos do que numa situação normal, no interior”.

Para os ainda mais pequeninos, os cuidados são mais rigorosos: até aos 6 meses, os bebés devem evitar apanhar sol e não existe nenhum protetor solar indicado para crianças com esta idade. Para maiores de 2 anos, costuma usar-se o chamado protetor pediátrico, “aquele mais espesso que forma uma camada branca”. Este protetor, ao contrário dos de uso mais comum, tem uma atuação quase imediata rápida e pode ser aplicado a momentos antes da exposição, ao contrário dos restantes, como já referido, que devem ser colocados 20 minutos antes.

Hidratar corpo e pele

Sobre os últimos dois pontos, referentes à hidratação, reforçou-se a importância de aumentar o consumo de água e, para a pele, a aplicação de hidratantes após exposição solar. Um membro da audiência questionou se qualquer creme seria apropriado. As palestrantes explicaram que, na generalidade, sim: qualquer after sun ou hidratante funciona. No entanto, é recomendado evitar substâncias perfumadas nos mais novos.

O teste final, um jogo de pergunta/resposta com escolha múltipla e tempo limite, testou os conhecimentos das crianças que assistiram à sessão. A questão que gerou mais dúvidas foi relativa ao comportamento de protetores solares que dizem ser resistentes à água. A médica explicou que “os protetores não são à prova de água, são apenas mais resistentes; o tempo de resistência após contacto com a água ronda os 40 minutos, sendo necessário, após este tempo, a reaplicação”.

Crianças, pais e educadores esclarecidos, a sessão encerrou com a entrega de ofertas ao público por parte dos parceiros. Natália Pestana agradeceu a presença de todos e deu, com humor, as boas-vindas às cinco profissionais de saúde ao “clube das pessoas chatas que estão sempre a dizer a mesma coisa às crianças”, um coletivo de combate aos incessantes “mas eu já pus protetor” vindos dos mais novos.