Celebra-se hoje o Dia da Internet Segura. Numa altura em que a população tem vindo a adotar cada vez mais o uso de ferramentas digitais no seu quotidiano, esta data, que se celebra em mais de 100 países, serve para lembrar, informar e reforçar que a internet, apesar de útil, esconde vários perigos.
Independentemente da idade, há comportamentos que podem ser adotados para evitar situações de perigo. Entre os grupos mais vulneráveis estão os jovens e idosos e foi a pensar nesses casos que a Google e Deco Proteste criaram o projeto ‘Net & Siga‘.
A iniciativa, através de vídeos explicativos e vários materiais informativos, esclarece vários temas como a segurança online, as redes socias, compras online e homebanking assim como serviços do Estado e cidadania digital. O objetivo é promover uma utilização mais segura da internet, expor os casos mais comuns de fraude online e desta forma preparar melhor os consumidores portugueses para os desafios do mundo digital.
O site do Centro Internet Segura também disponibiliza apoio e materiais educacionais à utilização segura na internet. Entre as ferramentas disponibilizadas está a Linha Internet Segura que pode contactar através do 800 219 090 em dias úteis das 09h00 às 21h00. Este serviço esclarece e apoia os cidadãos assim como permite a denúncia de conteúdos ilegais online, entre eles conteúdos de abuso sexual de menores, apologia ao racismo ou à violência.
Segundo informações avançadas pela Rádio Renascença em dezembro de 2020, as burlas na internet dispararam durante a pandemia. Até esse mês, em Portugal, as burlas informáticas e nas comunicações cresceram cerca de 20%, em comparação a 2019. O maior aumento, de acordo com a PSP, aconteceu com a utilização da aplicação móvel MBWay. Os dados apresentados pela polícia indicavam um aumento de seis vezes desde o início do ano. Em 2019 não passavam dos 500 casos, enquanto em 2020 o valor ascendeu às 3.200 denúncias, numa quantia superior a três milhões de euros.
Também o número de crimes sexuais contra crianças na internet disparou com o confinamento, segundo avançou esta segunda-feira o Jornal de Notícias. Pelos números avançados pela PJ à mesma publicação, o aumento dos crimes sexuais, com especial incidência na pornografia de menores, deu origem a 396 casos em 2020, em comparação com os 161 assinalados em 2019.