Verdade? Sim, a minha verdade!

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Nada como refletir este mês em duas situações perfeitamente atuais que, não estando interligadas, marcam o nosso desassossego: o Dia da Mulher e a nova epidemia o Coronavírus.

Numa dicotomia entre alegria e tristeza, continuamos a feste­jar o DIA DA MULHER. Se re­fletir sobre a posição da Mulher na nossa sociedade, entristece­-me profundamente pensar nos números do feminícidio do ano de 2019, nas violações e escravi­dão feminina. Outro problema é quando em trabalhos/empre­gos existe ainda a diferenciação salarial e de competências ou ainda são raros os cargos de chefia em que aceitam que seja uma mulher, bem como ainda se pergunta se tem planos de ser mãe a curto prazo, ou não entendem as limitações quando se está grávida, ou porque con­tinuam a retaliar quem falta por assistência familiar aos filhos ou familiares. Isto ainda é mais ridículo quando os números in­dicam que são mais as mulheres que cuidam, educam e tratam dos filhos quando se tornam monoparentais, assim eviden­ciando a força da natureza que são as Mulheres. O padrão de­veria ser a atitude equitativa e não ser mais questionado, por exemplo, porque o Homem continua a pagar mais que uma Mulher para poder usufruir da mesma música e espaço. Por to­das estas razões e muitas mais que facilmente podemos encon­trar no nosso dia-a-dia, a luta continua pelos direitos das Mu­lheres e pela evolução de men­talidades! Devo dizer ainda que acredito que este texto podia ter sido muito bem escrito por um Homem, fazendo justiça a que ainda há quem pense como eu, sejam elas ou eles!!!
Passemos para outro tema, que não sendo menos leve, temos que o enfrentar, quer queiramos quer não: o CORO­NAVÍRUS! Já agora, retirado do site da DGS: “a Organização Mundial da Saúde decidiu atri­buir um nome que fosse fácil de transmitir e que não indicasse nenhuma localização geográ­fica, um animal ou grupo de pessoas. O nome, COVID-19, resulta das palavras “corona”, “vírus” e “doença” com indi­cação do ano em que surgiu (2019).”
Não fazendo juízos de va­lor mas não deixando de dar o devido valor de alarme a este vírus que já se tornou uma epi­demia, devemos não nos esque­cer que não é o maior inimigo da humanidade. Vale a pena pensar nisto, não? Temos que ter cuidado com os interesses financeiros e xenofóbicos que se possam proliferar, ficamos a pensar também se Portugal estará preparado para colocar tanta gente em quarentena ou para dar resposta aos afetados. A saúde das pessoas tem que su­perar os interesses económicos. A nossa resposta solidária, de­veria começar já por começar a cumprir com os procedimentos como o abandono dos “beijos e abraços”, o redobro das atitu­des higiénicas e de desinfeção pessoal e do meio envolvente e respeitar as recomendações do SNS e dos Municípios. Porque a prevenção continua a ser um dos melhores remédios!