Não tem tradução para outras línguas mas foi escolhida como a palavra do ano 2020. É ela: “saudade”. O termo conseguiu 26,8 por cento dos votos entre cerca de 40 mil internautas que votaram online, anunciou esta segunda-feira a Porto Editora, promotora da iniciativa há já 12 anos.
A votação foi renhida mas ‘Saudade’ foi a vitoriosa. Superou ‘covid-19’ e ‘pandemia’, colocadas em segundo e terceiro lugar, com 24,4 por cento e 17,03 por cento, respetivamente, dos votos. A concorrer ao pódio estavam ainda palavras como ‘confinamento’ (16,23%), seguida de ‘zaragatoa’ (7%), ‘telescola’ (2,58%), ‘discriminação’ (1,85%), ‘infodemia’ (1,59%), ‘digitalização’ (1,33 %) e, em último lugar, ‘sem-abrigo’ (1,16 %).
Esta foi a 12ª edição da iniciativa e a votação decorreu via online durante o mês de dezembro, tendo-se registado mais 10 mil votantes do que no ano transato.
A ‘Palavra do Ano’ é uma iniciativa da Porto Editora que visa “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam, acentuando, assim, a importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida“.
A palavra ‘Saudade’ junta-se assim à listagem de palavras do ano e sucede a ‘violência doméstica’ (2019), ‘enfermeiro’ (2018), ‘incêndios’ (2017), ‘geringonça’ (2016), ‘refugiado’ (2015), ‘corrupção’ (2014), ‘bombeiro’ (2013), ‘entroikado’ (2012), ‘austeridade’ (2011), ‘vuvuzela’ (2010) e ‘esmiuçar’ (2009).