Wet Bed Gang: “Independentemente dos tempos, a nossa fé continua a mesma”

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O grupo natural de Vialonga falou com o JA sobre a surpreendente receção do público albergariense, os 10 anos de criação dos Wet Bed Gang e o que distingue o projeto no mundo do rap português.

A entrevista foi realizada após o concerto dos Wet Bed Gang, no último dia de Albergaria ConVida, a 7 de julho. A pedido dos representantes dos artistas, a conversa pode ter apenas “uma pergunta”. Gson, Zara G, Kroa e Zizzy Jr. optaram por, nesta entrevista, ser citados de forma coletiva.


Como foi para primeira vez aqui? A vossa experiência mais urbana fez-se sentir no público?

Foi ridículo sermos tão bem recebidos. Não estávamos mesmo à espera. Pode vir dessa questão de a expectativa dos centros não tão urbanos poderem receberem a nossa música de maneira diferente. Portanto, um ponto a favor da Albergaria.

Desde a formação dos Wet Bed Gang, com o Rossi e o Pizzy, que já lá vão 10 anos. Que balanço fazem desta década?

Apareceu um covid, uma quarentena, apareceram muitas dúvidas em relação aos Wet Bed Gang, mas continuamos os mesmos. E quem é nosso fã conhece a nossa fé e a nossa verdade. Independentemente dos tempos, a nossa fé continua a mesma. Os tempos são voláteis, mas os verdadeiros vão estar aqui connosco a ver.

Nesses tempos voláteis, o país também mudou muito, sobretudo politicamente. Vêm as vossas músicas como ponto de partida para uma maior consciencialização social?

Sem querer, mas sim. Sem querer, as nossas letras também são políticas.

No mundo do rap português as coisas também mudaram. Há muitos artistas no género, mas poucos se tornam grandes nomes. Vocês chegaram lá. O que vos distingue?

As características intrínsecas de cada membro moldam as várias facetas do diamante que somos, uma pedra muito valiosa.

É uma pedra feita de quê?

Pureza, naturalidade e simplicidade.