Celebrações do 25 de Abril, uma peça de drama contemporâneo que junta Diogo Infante, Benedita Pereira e Tomás Taborda; os projetos inclusivos de criação coletiva da casa, os 100 Anos dos Bombeiros em exposição e Vitor Kley como cabeça de cartaz do Albergaria ConVida são algumas novidades dos próximos cinco meses de programação municipal.
Foto: Luís Coelho
“Com os dias maiores e a temperatura a subir, apetece estar fora de portas”. É como abre a Agenda Municipal para o período de abril a agosto, não fosse tempo de celebrar o património molinológico local com a anual Rota dos Moinhos (12 e 13 de abril), ou época do tradicional Festival Pão de Portugal (30 de maio a 1 de junho) que festeja a iguaria em todas as formas e sabores, de Norte a Sul do país; ou ainda época da festa de música e associativismo Albergaria ConVida (3 a 6 de julho).
Este ano, o ConVida leva Calle Mambo do Chile ao Torreão, no primeiro dia, sempre partilhado com o Festim – Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo; numa noite a que, deste vez, se junta o português Augusto Canário. Os dias seguintes contam com Vitor Kley, Buba Espinho e Mizzy Miles; a 4, 5 e 6 de julho, respetivamente. Os dias 3 e 6 de julho são gratuitos e os restantes ingressos têm o valor de 1€. Para pessoas com idade igual ou inferior a 17 anos, a entrada é gratuita.
No campo da música, o concelho recebe Carolina Deslandes num concerto intimista, de voz e guitarra, na noite de 12 de abril. O ciclo Tons Inteiros continua a dar cartas na onda do Jazz e leva ao Cineteatro Alba o baterista americano Jeff Ballard, que irá atuar com o Combo Jazz da Universidade de Aveiro, a 2 de maio. Já no descontraído e irreverente ciclo ÀS QUINTAS destacam-se os locais Grupo Coral Rainha D. Teresa (22 de maio) e a Banda Altamente (5 de junho).
No mesmo mês, a 24, a digressão “Canta-me Histórias” de Tim passa por aqui, com o carismático vocalista dos Xutos & Pontapés a desfiar episódios da sua vida enquanto músico. O Festim – Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo regressa a 21 de junho com o compositor, músico e cantor senegalês Momi Maiga.
Trabalhos com a ‘Rede’
O mês de abril arranca ao movimento da Dança. Já no próximo dia 5 de abril, o Alba recebe “C(H)ORO”, que a partir dos conceitos de “choro” e “coro” procura explorar a relação da sociedade contemporânea com o choro e com a ausência de “coro” em prol do individualismo. Se o choro aparece tanto nos media, porque o vemos tão pouco no quotidiano? “É reprimido porque se reserva à intimidade ou reserva-se à intimidade porque é reprimido?”, é a pergunta lançada por Sara Garcia, a cargo da criação, direção e produção da obra.
O projeto decorre no âmbito da adesão do equipamento municipal à RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, com financiamento para os projetos apoiados dividido ao meio entre a autarquia, tal como o ciclo de cinema ‘Comunidades’. A iniciativa leva ao Cineteatro filmes alusivos aos países de origem das comunidades migrantes mais prevalentes no concelho de Albergaria-a-Velha: Índia, Venezuela, Angola, Colômbia, Brasil e Ucrânia.
A 27 de abril projeta-se ‘À Distância’ (2015) de Lorenzo Vigas, da Venezuela; e a 25 de maio é a vez do documentário da plataforma de jornalismo independente Divergente ‘Por Ti, Portugal, Eu Juro!’ (2024), feito em Angola entre 2016 e 2021, pelos jornalistas Diogo Cardoso, Sofia da Palma Rodrigues e Luciana Maruta. Até ao final do ano, passam ainda: ‘Pássaros de Verão’ (2018) de Cristina Gallego e Ciro Guerra, da Colômbia, a 26 de outubro; a 30 de novembro passa ‘A Vida Invisível’ (2019), do brasileiro Karim Aïnouz e a 28 de dezembro, o ciclo fecha com ‘Donbass’ (2018) de Sergei Loznitza, da Ucrânia.
Teatro para todos
E porque não só de música se faz o ciclo ÀS QUINTAS, Albergaria mergulha na essência da água com “Em Estado Líquido”, criação e produção da MUDA’TE, Companhia de Artes Performativas criado por antigos alunos da Jobra, a 8 de maio.
As propostas de Teatro incluem ainda “A Caminhada dos Elefantes”, no dia 4 de maio, com encenação e interpretação de Miguel Fragata. A peça conta a história de uma relação especial entre um homem e uma manada de elefantes. A 10 de maio, “Telhados de Vidro” reúne em palco Diogo Infante, Benedita Pereira e Tomás Taborda num drama contemporâneo sobre poder, política e paixão.
Já a 28 de junho, “Eu Sou Lorca”, uma produção Momento – Artistas Independentes, parte do texto “Assim que passarem cinco anos”, de Federico García Lorca, para abordar as questões de liberdade individual e da homossexualidade em tempos de ditadura. Para terminar, a 29 de agosto, João Baião regressa ao Cineteatro Alba com a comédia “Baião d’ Oxigénio”, com a energia contagiante que tantas vezes esgota sessões no concelho.
Festa da terra
Na produção local, vão ser apresentados projetos de criação coletiva e integração; em que a população é chamada a vestir-se de artista, num ambiente de partilha e criatividade, da comunidade para a comunidade.
“Hotel Rugas”, o espetáculo final da Oficina de Teatro do ‘Idade Maior’, programa municipal destinado à promoção do envelhecimento ativo, é apresentado ao público a 16 de maio. A 10.ª edição do Pontes Sonoras, onde os utentes da APPACDM de Albergaria-a-Velha e elementos da população local constroem um espetáculo multidisciplinar, sobe a palco no dia 7 de junho, dedicado ao tema X, num revisitar das nove edições passadas.
A sempre irreverente e nunca igual Orquestra (In)Quieta, onde a música surge através de um processo criativo conjunto, apresenta-se a 13 de junho. O ciclo Bandas em Concerto convida a Banda Filarmónica do Grupo Desportivo e Cultural de Ribeira de Fráguas para dar espetáculo no dia 6 de abril.
A agenda completa encontra-se disponível aqui.