'Super Pai' cuida sozinho dos filhos há 10 anos

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“Pai, tudo o que aprendi na vida foi contigo. Foste sempre, sempre o meu maior amigo. Meu irmão meu companheiro e muito mais. Pai, é a ti que devo tudo o que hoje sou… E por isso te agradeço com amor”… são vários artistas portugueses que cantam esta música em homenagem a todos os pais. E, de facto há pais que são um verdadeiro exemplo a seguir. António Guerra, 52 anos, é um desses casos. Tem a guarda total dos três filhos desde 2011 e contou ao Jornal de Albergaria os maiores desafios que enfrentou enquanto pai divorciado, mas também as alegrias vividas ao desempenhar o maior papel da sua vida.
A verdade é que não existem fórmulas para famílias perfeitas e a parentalidade é independente do estado civil ou de outras circunstâncias de vida. Datas como o Dia do Pai surgem precisamente para nos recordar isso. António Guerra, 52 anos, natural de Angeja, é divorciado há 10 anos e desde então tem a guarda exclusiva dos filhos. Pai de duas meninas e um menino (Constança Luísa,18 anos; João Eduardo, 23 anos e Alcina Maria, 26 anos) teve de abrir mão de alguns projetos pessoais para garantir aos filhos amor, conforto, segurança e atenção.
Apesar de estar ciente que teria pela frente uma tarefa árdua, foi com alguma naturalidade que abraçou a nova etapa da sua vida. “A vida é assim mesmo. As circunstâncias fizeram com que tivesse que ficar com os meus filhos e foi isso que fiz sem olhar para trás”, afirma. Mas nem tudo foi “um mar de rosas” e houve alguns desafios que tiveram de ser ultrapassados com alguma resiliência.
Houve algumas épocas mais complicadas mas tive que me adaptar. Aliás, todos tivemos que criar regras e fazer mudanças. Claro que os meninos sofreram muito, principalmente a mais nova, mas todos foram excecionais e sempre nos apoiámos mutuamente. Quer queiramos ou não, não consigo ser pai e mãe. Por muito bom pai que seja tenho de assumir a realidade. Amor de mãe é sempre amor de mãe e os meus filhos tiveram a infelicidade de a mãe não entender isso e querer levar outro destino. A nível financeiro nunca tive apoio da mãe dos meus filhos”, afirma.
 
Leia a reportagem completa na edição do Jornal de Albergaria, já nas bancas.