Naquele dia alguém questionou: E se hoje fosse o seu último dia de vida?
– Mestre… Leva-me NAS ASAS
DE UM ANJO – pediu ela, tranquilamente. O Mestre sorriu-lhe e assentiu.
– Qual o destino de hoje? – Questionou o mestre.
– Por hoje, quero voar silenciosa- mente entre o céu e a terra. Quero lançar um último olhar sobre o mundo. Quero ver e abraçar todos aqueles que foram importantes para mim. Quero semear a paz no Mundo e plantar Amor nos corações dos Seres Humanos. Hoje, este seria o meu destino. Hoje… Amanhã talvez o destino seja outro.
O mestre concedeu-lhe o pedi- do e na leveza das asas do anjo, ela simplesmente voou. Envolvida nas imaculadas asas brancas do anjo que lhe conduzia a viagem, olhou atenta- mente sobre o mundo. Na verdade, nada se apresentou de forma diferente do que tinha visto até ali, ao longo do seu percurso terreno.
Sabia que o mundo precisava de ser redesenhado. Sabia que a diferença residia na marca pessoal que cada um deixaria na sua breve passagem pela terra. Sabia que era necessário estender amavelmente as mãos para (re)erguer os inúmeros Seres Humanos que se dilaceram nos tropeços do caminho. Sabia que ainda havia muito para fazer. Sabia que o caminho estava inacabado.
Conduzida nas asas de um anjo, entre o céu e a terra, sorriu de forma iluminada, deixando naquela breve viagem um sorriso com efeito de estrela cadente.
– Valeu a pena?
– Questionou sabiamente o Mestre.
Ela sorriu-lhe encantadoramente e prontificou-se a responder.
– Mestre… Considero que se cada um de nós, ao longo da nossa breve passagem pela terra, deixar a sua marca pessoal na Vida de pelo menos uma pessoa, certamente que terá valido a pena ter vivido.
Diariamente, a Vida concede-nos a possibilidade de marcar positivamente- te a Vida de pelo menos uma pessoa, a começar pela nossa própria Vida.
Hoje, marcaria a Vida de quem?