Nesta manhã de quinta-feira, 22 de maio, foi apresentado no Cineteatro Alba o DO PÃO – Festival Internacional de Cinema Documental, uma das grandes novidades da 12.ª edição do Festival Pão de Portugal. O novo certame arranca já a 28 de maio e prolonga-se até 1 de junho, antecipando a festa gastronómica. Com 30 filmes selecionados entre quase três mil candidaturas nacionais e internacionais, o festival quer afirmar-se como uma referência no panorama do cinema documental, unindo a cultura à identidade local.
Texto: Beatriz Quaresma
Foi apresentado na manhã desta quarta-feira, no Cineteatro Alba, o DO PÃO – Festival Internacional de Cinema Documental, uma das grandes novidades da 12.ª edição do Festival Pão de Portugal, que se realiza de 30 de maio a 1 de junho, na Quinta da Boa Vista, em Albergaria-a-Velha. O certame cinematográfico antecipa-se à festa maior e decorre entre os dias 28 de maio e 1 de junho, ocupando três espaços da cidade: o Cineteatro Alba, a Biblioteca Municipal e o recinto do Festival do Pão.
“Estamos a cumprir a estratégia do município na programação dos seus equipamentos culturais”, começou por referir Pedro Teixeira, diretor artístico e de programação da Câmara Municipal. “Este festival encaixa-se nessa linha de criação de parcerias e valorização da cultura cinematográfica, como já fazemos com Ciclo de Cinema Comunidades ou o cinema comercial”.
“De facto, o DO PÃO não é apenas uma extensão do Festival do Pão. É, antes, um Festival Internacional de Cinema documental com vida própria”, com obras a concurso, sessões comentadas, oficinas criativas e apresentações de livros, acrescentou António Costa Vieira, diretor do Cineclube de Avanca, entidade parceira do projeto. Esta primeira edição conta com 30 filmes selecionados entre quase três mil candidaturas vindas de todos o mundo.
“A nossa ambição é que este festival venha a crescer, consolidando-se como uma referência nacional e internacional”, afirmou Catarina Mendes, vice-presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, frisando que o evento “representa o país e a região além-fronteiras, promovendo também o concelho, a sua identidade e a sua capacidade cultural e artística”.
A autarca sublinhou o papel estruturante do pão neste projeto: “O pão é símbolo de partilha, de cultura e de ligação entre comunidades. Daí fazer todo o sentido que seja também ponto de partida para pensar e promover o cinema documental, que é um género tão relevante para registar e interpretar a realidade de social e diferentes culturas”.
A génese do festival remonta a 2016, como lembrou António Costa Valente. O convite para este projeto “surgiu há quase uma década e temos vindo a alimentá-lo com entusiasmo”, comentou.
Programação
Para além das sessões competitivas, com júri em avaliação, o festival inclui uma programação paralela dedicada à formação e à criação artística. Logo no dia de abertura, a 28 de maio, será exibido a longa-metragens de ficção “O Limito”. À noite, na sessão de abertura o destaque é a curta-metragem “Era uma Vez no Apocalipse”, de Tiago Pimentel, protagonizada por Sérgio Godinho, com filmagens em Albergaria-a-Velha e figurinos feitos pelas mãos de Luís Sequeira, figurinistas luso-canadiano com raízes em São João de Loure.
“Um filme fantástico, ganhou já vários prémios, tem estado em relevância em vários festivais e diria que é uma ótima forma de começarmos o nosso festival”, destaca o responsável pelo CineClube.
Outro dos momentos altos é o workshop “Amassar Coisas e Imaginar o Futuro”, orientado por Daniel Tércio, professor universitário e coreógrafo com raízes em Aveiro, “um workshop que cruza a ideia de amassar pão com o gesto criativo, numa metáfora entre o fazer manual e a criação artística”, explica.
A par das exibições e atividades formativas, o DO PÃO pretende lançar bases sólidas para o futuro. Catarina Mendes sublinhou essa aposta ao referir que o certame “insere-se na nossa estratégia de desenvolvimento digital e cultural, aproveitando os recursos que temos no concelho, como o Centro Tecnológico especializado na área digital, para investir também na produção audiovisual.”
A mostra vai ter um espaço dedicado às crianças do concelho a propósito do Dia Mundial da Criança. A vereadora apelou à visita e participação da comunidade e reforçou que é um trabalho que o município que partilhar “com as escolas, com os artistas, com o público em geral, com todos os que se interessam por estas temáticas, cá dentro e lá fora”, concluiu.
Veja a programação completa aqui.
