Já amanhã, 23 de outubro, às 22h, os músicos José Rui Branco, Hugo Gamboias, Diogo Passos, Rafael Pacheco e João Afonso Sousa sobem a palco para dar voz e instrumental ao legado do génio da guitarra portuguesa.
Foto: Serge Cohen
Em 2025 cumprem-se 100 anos do nascimento de Carlos Paredes, um dos mais importantes e influentes músicos portugueses do século XX. O Cineteatro Alba associa-se à efeméride e apresenta, a 23 de outubro, pelas 22h, o café-concerto “Carlos Paredes: 100 Anos de Legado”.
O espetáculo insere-se no ciclo ‘Às Quintas’, que proporciona concerto gratuitos semanais em ambiente intimista. A apresentação reúne convidados para reinterpretar e homenagear o legado do maior guitarrista português de sempre, figura central da música instrumental e da cultura lusitana.
No palco do Cineteatro Alba, vão estar os músicos José Rui Branco (voz), Hugo Gamboias (guitarra portuguesa), Diogo Passos (guitarra), Rafael Pacheco (vibrafone) e João Afonso Sousa (acordeão).
“O público é convidado a deixar-se levar pelas melodias intemporais, temas instrumentais e cantados, num cruzamento de gerações e estilos. Através de arranjos inovadores, cada nota será um tributo à genialidade de um artista, revelando a profunda influência de Paredes na música contemporânea”, lê-se no website do Município de Albergaria-a-Velha.
Legado de revolução e inovação
Carlos Paredes nasceu em Coimbra a 16 de fevereiro de 1925. Já o pai e o avô eram exímios na guitarra portuguesa, pelo que seguiu as pisadas das gerações anteriores, mas com um cunho pessoal, que retirava “da guitarra sons mais violentos” em vez da languidez habitual na época.
A renovação e reinvenção da sonoridade da guitarra portuguesa resultou de uma geração coimbrã da década de 1960, revitalizada por novos conceitos socioculturais e valores que transformariam a sociedade após a Revolução dos Cravos.
A inovadora forma de Carlos Paredes tocar guitarra portuguesa granjeou-lhe reconhecimento e convites para compor bandas sonoras para teatro e cinema, sendo possível destacar o filme “Verdes Anos”, de Pedro Rocha. Entre os vários discos editados, “Guitarra Portuguesa”, “Movimento Perpétuo” e “Asas sobre o Mundo” são alguns dos trabalhos mais reconhecidos.
Falecido em 2004, o legado de Carlos Paredes continua a influenciar as gerações que se seguiram e ocupa um lugar central no património cultural nacional.