Bombeiros de Albergaria operam com apenas uma ambulância de socorro

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A demora na reparação dos veículos é o que mais contribui para a inutilização temporária das ambulâncias de socorro que compõem a frota.

Pedro Oliveira, comandante dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha, confirmou, ao JA, que a corporação está a funcionar com apenas uma ambulância de prestação de socorro. A Associação tem sete veículos deste tipo, mas só um deles cumpre os critérios para a adequada prestação do serviço, os restantes estão a necessitar de reparação.

Estes veículos são utilizados em situações específicas de emergência, como serviços pré-hospitalares, acidentes rodoviários e alguns incêndios. Pelo que, não estão em causa outros serviços, como os assegurados pelas ambulâncias de transporte, que operam em circunstâncias normais.

Se for necessária mais do que uma ambulância, o pedido de auxílio terá de ser feito a outros concelhos. “O centro de orientação de doentes urgentes já, por si, ativa as corporações vizinhas, tendo conhecimento que nós não temos possibilidade de enviar mais uma ambulância”, detalhou o comandante.

Arranjos demorados

Pedro Oliveira explicou ainda que estes são veículos cuja renovação é recomendada, a nível europeu, a cada seis anos – apesar de Portugal não ser obrigado a cumprir a lei. A idade média das ambulâncias de prestação de socorro dos Bombeiros de Albergaria, segundo o comandante, ronda os quatro anos – algumas são novas e outras têm 10 anos, detalhou Pedro Oliveira. Mais do que a idade, são o desgaste do veículo e os quilómetros percorridos que dão origem aos problemas que levam as ambulâncias à oficina.

Pelo que, a demora no arranjo se torna a principal causa de inutilização das ambulâncias de prestação de socorro, mesmo com a distribuição por diferentes oficinas e com o valor para pagamento disponível e aprovado pela Direção.

O caso com espera mais longo é o da ambulância do INEM, que aguarda reparo há “um largo tempo”. “As oficinas têm de aguardar por peças e é um processo demorado. Para além disso, tivemos a coincidência de ter agora uma série de avarias. Neste momento, o custo de reparação não é um problema”, detalhou o comandante.

O processo de aquisição de uma ambulância é ainda, como explicou o comandante dos Bombeiros, mais demorado do que parece. Por exemplo, as ambulâncias de prestação de socorro doadas à corporação pelo aniversário não entram imediatamente para a frota – precisam, como todas as outras, de uma inspeção do INEM para poder prestar socorro e outra do IMT para transformação do veículo em ambulância. Por norma, este processo demora 2 a 3 meses, mas, no pior caso, já chegaram a esperar um ano.