A produção na fábrica da Bimbo, localizada na zona industrial de Albergaria-a-Velha, está hoje parada devido à greve de grande parte dos trabalhadores, que começou às 21h30 de ontem. Os trabalhadores exigem melhores condições salariais e queixam-se de não serem recompensados pelo esforço que fazem.
Em declarações ao Jornal de Albergaria, Sérgio Serra, 39 anos, delegado sindical e trabalhador na Bimbo há 18 anos, afirma que esta paralisação pretende “mostrar a insatisfação geral por parte dos funcionários da empresa”, situação que se tem vindo a arrastar e a piorar de ano para ano. “No ano passado já tínhamos falado com a Direção sobre as condições de trabalho e pedimos aumentos salariais. No início de 2021 voltámos a falar do assunto. (…) Deram-nos um aumento de 1% e também recebemos um prémio trimestral de 70 euros. Mas esse prémio tem muitos requisitos e nem sempre é fácil o conseguirmos, até porque há objetivos que não dependem dos trabalhadores”, declara.
José Armando, coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação e Bebidas- STIANOR acrescenta que “não nos podemos esquecer que muitos destes trabalhadores têm um salário base de 685 euros, trabalham por turnos e aos fins de semana. (…) Nos vários sectores do nosso país as associações patronais vão no sentido de reduzir o salário, ainda que o custo de vida tenha vindo a aumentar. Basta pensar nos bens de primeira necessidade, nos combustíveis… Uma família que tenha filhos tem uma vida complicada se recebe o salário mínimo”.
Ao Jornal de Albergaria a direção da empresa afirma que “respeita o direito dos colaboradores e como sempre está à disposição para manter as relações e conversações laborais com os seus colaboradores”.
Leia a notícia na íntegra na edição impressa do Jornal de Albergaria, dia 9 de setembro nas bancas.
