O Presidente da República acabou de falar ao país num discurso onde explicou aos portugueses o porquê da renovação do Estado de Emergência, até 16 de março.
“É muito tentador defender abrir e desconfinar o mais rápido possível” começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa que reconhece ser a opinião partilhada por partidos e população portuguesa, sobretudo com a diminuição dos números da pandemia, nos últimos 15 dias. Apesar disso, recorda que “o número de internados em Cuidados Intensivos é mais do dobro do aconselhado para evita riscos“. Tendo em conta essa realidade e o atraso da vacinação, o Primeiro-Ministro defende que a decisão “deve basear-se na consciência e não na opinião de cada instante“.
“Disse e repito, temos de ganhar até à Páscoa, o verão e o outono. A Páscoa não é altura para mensagens confusas“, sublinhou o representante da Nação, que reforça a importância da prudência na preparação do futuro. “Planear o futuro é essencial mas desconfinar a correr será tão tentador como leviano e não nos podemos esquecer que os números sobem mais depressa do que descem. Conhecemos bem a história e não cometeremos os mesmos erros“, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa que em jeito de esperança considera que “se formos sensatos, o pior já passou”.
O 12º diploma do Estado de Emergência foi renovado esta tarde no Parlamento e vai entrar em vigor a 02 de março. O conteúdo de decreto é semelhante ao já atualmente em vigor com a diferença de que agora se especifica que a eventual definição de limites ao ruído complete ao Governo através de decreto-lei. Nas restrições ao ensino presencial, sublinha-se que “deverá ser definido um plano faseado de reabertura com base em critérios objetivos e respeitando os desígnios da saúde pública”.