António Costa acabou de anunciar ao país o prolongamento das medidas do confinamento sem qualquer alteração daquelas que já estão em vigor.
“Ainda não é tempo para o desconfinamento”, avançou o primeiro-ministro em conferência de imprensa após a reunião de Conselho de Ministros desta tarde. António Costa esclareceu que os dois motivos dessa decisão prendem-se pelo facto de as medidas adotadas “têm produzido os efeitos desejados no controlo da pandemia” e por haver uma taxa de incidência da variante britânica em 49% dos novos casos detetados. A juntar ao desaconselhamento da vacina AstraZeneca na população entre os 65 e os 79 anos, o que vai atrasar a cobertura deste grupo de risco, António Costa defende que “tudo recomenda prudência“.
Apesar da melhoria dos números dos últimos 15 dias, refere que “estamos longe dos resultados desejados“. Portugal deixou de ser o pior país da União Europeia em relação à pandemia para ocupar a 13ª posição no ranking, os números de novos casos continuam a descer assim como os internamentos mas António Costa lembra que os números atuais de novos casos “em comparação a 04 de maio, dia em que começámos o desconfinamento, são quatro vezes superiores“. Também o número de internamentos é três vezes mais elevado do que comparativamente a 15 de setembro, altura em que foi anunciado o estado de contingência.
Face a tudo isto, afirma que “vamos estar fortemente empenhados para que daqui a 15 dias tenhamos mais avanços significativos para uma situação de segurança que permita fazer uma outra avaliação do nível de medidas para o próximo estado de emergência“. Adiantou ainda que no próximo dia 11 de março vai ser apresentado o plano de desconfinamento, que vai começar pelas escolas.