Greve encerra Centro de Vacinação, Finanças e dois jardins de infância de Albergaria

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O  Centro de Vacinação de Albergaria está hoje encerrado, devido à greve da Função Pública, bem como a Repartição de Finanças e os jardins de infância do Sobreiro e Alquerubim.

Na manhã de hoje, vários utentes que haviam sido chamados para receberem a vacina depararam-se com as portas fechadas e um papel na porta a explicar a situação: “Hoje o CVC encontra-se encerrado por motivos de Greve.”

Surpreendidos, uns limitaram-se a encolher os ombros, enquanto outros manifestaram o seu desapontamento, ao Jornal de Albergaria.

“Recebi uma mensagem de telemóvel a convocar-me para a vacina e, afinal, nada feito. Trabalho em França, estou de férias, por isso, não me afeta muito; o pior é para quem está a trabalhar e vem cá em vão”, disse Albérico Castanheira, de 64 anos.

Sem esconder a sua insatisfação, Maria de Lurdes reagiu inconformada: “Às 11 horas da noite, recebi uma mensagem para vir cá hoje de manhã vacinar-me, fiz tudo para chegar a horas e agora bato com o nariz na porta. Venho de Serém, paguei quase dois euros de bilhete de autocarro, e vou pagar o mesmo para regressar. Tenho de me governar com a minha reforma e estou a gastar dinheiro em viagens que não servem para nada. Desisto de ser vacinada, não venho cá mais”.

O Centro de Vacinação está encerrado, mas o Centro de Saúde encontra-se em funcionamento. A greve também não afetou a atividade do Tribunal e dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Quanto ao Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha (AEAAV), fecharam dois jardins de infância, no Sobreiro e Alquerubim, segundo informação de Albérico Vieira, diretor do AEAAV. O responsável adiantou que o impacto da greve foi reduzido pelo facto do Agrupamento se encontrar em interrupção letiva, desde o dia 16 até hoje, para avaliações intercalares, e que parte do pessoal não docente aproveitou esta altura para tirar férias. No entanto, do número de 76 funcionários que têm estado ao serviço, 24 aderiram à greve.

Aumentos salariais que respondam à inflação e valorização de todas as carreiras são as principais reivindicações da greve da Função Pública, cujo impacto se está a fazer sentir de forma expressiva em hospitais, escolas e serviços públicos do país.