O Exercício Fénix, simulacro de tsunami anualmente organizado pelo Exército Português, tem em Albergaria a sua base logística de apoio para os quatro dias de atividade que envolvem vários municípios do distrito de Aveiro e entidades civis de prestação de socorro, entre as quais Proteção Civil, Bombeiros e GNR. Na próxima quinta-feira decorre o Dia Aberto à população, no Porto de Aveiro.
A zona circundante ao Centro Municipal de Proteção Civil Eng.° Fausto Vidal serve de base de apoio logístico para o simulacro de um tsunami resultante de um sismo. O exercício, realizado anualmente em diferentes zonas do país, pelo exército português, decorre, este ano, de 20 a 24 de novembro, para testar o sistema integrado de apoio militar de emergência do Exército, ou seja, o apoio fornecido às autoridades civis e população, nomeadamente à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O objetivo é testar a prontidão e a interligação do exército com as várias autoridades. O Exercício Fénix23 estende-se por vários pontos da Região de Aveiro, em parceria com os municípios de Albergaria, Aveiro, Ílhavo, Murtosa e Vagos, em colaboração com o comando sub-regional de Proteção Civil, corporações de bombeiros e serviços municipais.
A Unidade de Apoio Militar de Emergência simulada na base de logística albergariense responde a pedidos de apoio, simula a designada Zona de Concentração e Apoio à População, resultante da evacuação, neste caso, de um local na Vagueira, e serve de ponto de controlo e coordenação entre as diferentes entidades de prestação de socorro. A ação mobiliza, no total, 180 militares e 70 elementos da Proteção Civil, GNR e Bombeiros.
Segundo informações dadas pelo tenente-coronel Geraldes, chefe da Repartição dos Assuntos Civis do Comando das Forças Terrestes, as respostas, vão desde o transporte de pessoal e material, abertura e desobstrução de vias, deteção e descontaminação nuclear, biológica e química, confeção de refeições, alojamento em tendas, e serviços de campanha nomeadamente a colocação de latrinas e banhos. Numa fase inicial, a zona de apoio tem capacidade para alojar e alimentar 100 pessoas.
“A simulação é motivo para que trabalhemos em conjunto e termos oportunidade de treinar, ainda sem a pressão de uma situação real, identificar aquilo que podemos melhorar, e temos melhorado”, diz o comandante da Unidade de Apoio Militar de Emergência, coronel Estevão da Silva.
Dia 23 haverá um dia aberto à população, no Porto de Aveiro, “para simular a travessia e transporte de pessoas que ali ficaram retidas, quer ainda a deteção e descontaminação de uma área de contentores com matérias perigosas. Vai também ser ativada o módulo sanitário do exército, juntamente com os bombeiros, para apoiar desde a evacuação ao tratamento hospitalar no local”, detalha.
Com o Dia Aberto, explica o coronel Estevão da Silva, “pretende-se que a população seja sensibilizada para a possibilidade de que as coisas podem acontecer e transmitir-lhe um sentimento de segurança, mostrando que temos capacidade de resposta”.














