A oposição ao executivo municipal, em nota de imprensa, defende que teria sido melhor e mais barato construir uma nova Unidade de Saúde ao invés de investir um total superior a um milhão de euros em requalificação, fora a despesa com “o montante que a Câmara Municipal foi condenada a pagar por força da ação judicial”.
O PSD de Albergaria, em nota de imprensa, no seguimento da inauguração do requalificado Centro de Saúde do concelho, que decorreu na tarde de quarta-feira, 27, reforça a posição que vincou nas últimas Autárquicas (2021) de urgente necessidade de “um Novo Centro de Saúde em Albergaria, face à ausência de instalações condignas e de recursos para uma prestação de serviços de saúde de qualidade para o século XXI”, como escrevem.
Os sociais-democratas, oposição política ao executivo municipal CDS-PP com maioria absoluta, acrescentam que “ao invés da construção de um edifício novo, o executivo camarário do CDS optou pela requalificação do já existente. Contudo, esta obra tem sido pautada por diversos desvios, não só orçamentais, mas também judiciais”, lembrando “que a Câmara Municipal foi condenada a pagar por força da ação judicial colocada por uma empresa que impugnou o concurso público de adjudicação da obra”.
O Jornal de Albergaria, na inauguração de ontem, questionou Catarina Mendes, vereadora da Saúde e Ação Social, sobre o processo da empresa TEAGA II Building Solutions, de Oliveira de Frades, Viseu, contra o Município, que no concurso púbico escolheu a construtora ASO, Construções, de Sever do Vouga. A vereadora não comentou o caso, mas afirmou que o processo não deverá ter impacto na terceira fase da obra, reforçando a resposta dada pelo executivo em março de 2022 em declarações ao Diário de Aveiro, de que o procedimento judicial não tem “qualquer efeito suspensivo”.
O PSD critica o Município por não divulgar o valor pago à empresa e defende que a obra deveria ter sido suspensa, afirmando que o montante “se presume de tal forma elevado, que, à data de hoje, não obstante os inúmeros pedidos de informação, o executivo se recusa a revelar”. E acrescenta: “Nem as sucessivas condenações em Tribunal travaram a obra de requalificação, como qualquer gestor zeloso e diligente deveria fazer. Aliás, se tal situação ocorresse em qualquer empresa privada, já este Conselho de Administração teria sido demitido. Trata-se de esbanjar dinheiro público”.
A oposição conclui dizendo que, para além de “uma obra recauchutada que não corresponde nem responde às necessidades dos Albergarienses”, os “encargos que o Município vai ter de assumir são bastante superiores ao custo de uma Unidade de Saúde Nova”. Os sociais-democratas terminam reafirmando “manter uma posição de defesa e o foco na melhoria das condições para e do concelho de Albergaria com foco nas verdadeiras necessidades da sua população”.