Encontro de confrarias debate tradição e aposta em união de forças

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Foto: Confraria do Cultivo de Arroz em Estarreja

A Confraria Gastronómica de Sabores Portugueses no Luxemburgo organizou um debate sobre tradição e inovação, no sábado, dia 8, em São Pedro do Sul, num encontro que reuniu 11 confrarias nacionais e internacionais – para além da entidade promotora do evento, esteve presente uma confraria belga e a Holanda juntou-se à distância.

O encontro contou ainda com a participação de empresários e especialistas para debater o papel destas associações na dinamização das economias locais. “Foi um momento de primeiro contacto em que se discutiram, com seriedade, temas muitos pertinentes”, sintetizou Isabel Ferreira, representante da entidade organizadora, em declarações ao JA.

A Confraria do Cultivo de Arroz em Estarreja esteve presente e, em comunicado enviado às redações, destacou “a importância das confrarias não apenas na preservação das tradições gastronómicas e culturais, mas também na promoção dos produtos locais e na criação de novas oportunidades económicas”, funcionando ainda como veículos de atração turística gastronómica e impulsionadores da internacionalização das regiões que representam.

A necessidade de inovação e adaptação às novas dinâmicas do mercado esteve igualmente no centro da conversa, numa troca de saberes com o propósito de modernizar a comunicação das confrarias e “aproveitar ferramentas digitais para ampliar a sua influência, captar novos públicos e reforçar a comercialização dos produtos que promovem”.

No final, os participantes saíram convictos do “papel essencial das confrarias na valorização do património gastronómico e no fortalecimento das economias locais”, como escreve a Confraria do Cultivo de Arroz, no mesmo comunicado. O evento encerrou com o compromisso de dar continuidade a esta reflexão e de aprofundar a colaboração entre confrarias e empresários, promovendo ações concretas que garantam a sustentabilidade e o crescimento deste setor.

O encontro incluiu confrarias representantes de produtos como o coelho da Amadora, a Sopa da Pedra de Almeirim e a carne assada de Fafe. Isabel Ferreira, com um olhar de fora sob Portugal, reforçou a importância de modernizar sem perder o chão. “Pode fazer-se tudo desde que não se perca a tradição. Nós somos História, temos um enorme valor cultural que deve ser preservado na busca pela modernização, sem esquecer quem somos e de onde viemos”, terminou.