Pedro Herdeiro é o único “para snowboarder” português

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Atleta residente na freguesia da Branca quer participar nos Jogos Paralímpicos de Inverno. E nem a esclerose múltipla primária progressiva, que lhe foi diagnosticada aos 37 anos, o demove deste seu sonho.

12 Pontos. Apenas 12 pontos fizeram cair por terra o sonho de participar nos Jogos Paralímpicos de Inverno Beijing 2022, há muito acalentado e para o qual treinou arduamente. A sensação, como seria de esperar, “foi terrível”.

Pedro Herdeiro aponta a pandemia e o consequente cancelamento de muitas provas onde poderia ter pontuado como razões para não ter sido apurado para o evento que se realizou em Pequim (China), no início de março passado. Além da crise sanitária, considera também
que o facto de competir com atletas que nasceram na neve, que são mais novos e que têm mais dinheiro para investir na prática do para snowboard conduziu a este desfecho não desejado.

Mas “o que lá vai lá vai”, como diz a música. E tanto assim é que o primeiro para snowboarder português a competir em provas internacionais e o único a nível nacional já está com as baterias apontadas aos próximos Paralímpicos de 2026. Ainda há dias foi para Baqueira Beret, uma das maiores estações de ski de Espanha, fazer um estágio. “Quanto mais pisar neve melhor, porque aqui [em Portugal] só na [Serra da] Estrela e quando há”, como fez ver à nossa reportagem.

Tendo em vista alcançar vários pódios, para juntar aos que estão para trás – pelo menos, três terceiros lugares (obtidos no Irão, Áustria e Espanha) já cá cantam -, os treinos, praticamente todos os dias, são para continuar. E a participação em competições também, contando, para isso, com apoios fundamentais como os da FDI – Portugal (Federação de Desportos de Inverno de Portugal), Município de Albergaria-a-Velha, Centro Médico de Estarreja, empresa Freshlines Boards, entre outros, aos quais faz questão de agradecer publicamente através do nosso quinzenário.


Da lista de agradecimentos fazem parte, ainda, colegas da Escola EB2,3 da Branca, onde Pedro é professor, e a família, em particular os pais, os irmãos e a esposa. Aliás, esta última, com quem está casado há quase 20 anos, “é a pessoa mais importante, que me dá sempre apoio e me incentiva a ir para a frente”. É também ela a responsável por “vir parar à freguesia da Branca. Vim por amor”.

Leia esta reportagem na íntegra nesta edição do Jornal de Albergaria, JÁ NAS BANCAS!