Reforço de médicos e consultas no Centro de Saúde, saneamento básico onde não o há, reabilitação do parque escolar, o arranjo da estrada da Sra. do Socorro e uma ciclovia que ligue a zona desportiva da freguesia ao centro da cidade de Albergaria são alguns dos planos da coligação PSD/IL para a Branca, um projeto encabeçado por Bruno Oliveira.
A apresentação da candidatura da coligação ‘Albergaria em Primeiro’ – PSD/IL à Junta de Freguesia da Branca, com Bruno Oliveira como cabeça de lista, começou com uma lembrança da importância do ato eleitoral de 12 de outubro, “as eleições com maior proximidade e mais participadas no país”, nas palavras de José Pedro, candidato à Assembleia Municipal de Albergaria.
José Pedro reforçou a confiança no candidato à Branca, elogiando-o pela certeza com que se apresenta. “Bruno Oliveira sabe o que quer e conhece a Branca, a quem quer dar mais proximidade, atenção, amizade e cumplicidade; através de um projeto arrojado e com futuro, que vai de encontro aos anseios de todos”, afirmou o candidato à Assembleia Municipal. “Reconhecemos o investimento feito, mas queremos diferente”, acrescentou.
Sobre Sara Vinga da Quinta, candidata à Câmara Municipal de Albergaria, José Pedro garantiu ser ela a pessoa certa para dar “rumo novo e modernismo” ao território, de modo a assegurar-lhe atratividade e consequente fixação de população. “A Sara conhece o concelho e ouve as pessoas. Fará para Albergaria o que os outros não quiseram fazer ou não conseguiram fazer”, defendeu José Pedro.
Aproveitando a presença de Carlos Abreu Amorim, ministro dos Assuntos Parlamentares; Ana Gabriela Cabilhas, natural da Branca e deputada da Aliança Democrática eleita pelo círculo do Porto; e Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território; José Pedro pediu atenção do poder central para o problema da falta de alternativa à N1para a freguesia. “Quando esta obra for feita, a Branca conhecerá uma enorme diferença no seu desenvolvimento e segurança”, advogou José Pedro.
Para o órgão de poder local a que se candidata, José Pedro prometeu manter e apostar mais na descentralização da Assembleia Municipal, com um reforço na chamada de crianças e jovens à casa da democracia, para que fiquem a conhecer o que é e como funciona a instituição, através da criação de uma Assembleia Juvenil.
Para todos, José Pedro quer acabar com a necessidade de inscrição prévia e divulgação de nome e assunto para que o público possa intervir nas sessões; bastará estar presente e ter vontade de expressar-se em plenário.
“Comigo, o debate na Assembleia será constante e descentralizado. A Assembleia será transformada na verdadeira casa da democracia, ouvindo as populações, junto do local onde vivem; ouvir os seus problemas, ouvi-las sobre as suas terras”, assegurou José Pedro. O candidato à Assembleia terminou com um apelo à mudança, para que a vida política local não tenha “sempre os mesmos participantes”.
Cabilhas em casa
Ana Gabriela Cabilhas, feliz por estar “em casa” – onde nasceu, estudou, andou na catequese e fez ballet, como partilhou – frisou a importância de incentivar a participação dos jovens na política, compreendendo a desmotivação perante sucessivas promessas de políticos que ficaram por cumprir, como acusou acontecer em Albergaria-a-Velha, enumerando o Parque da Cidade como exemplo.
“Tinha de estar aqui, não só porque é a minha terra, mas para garantir que estou a defender o projeto que dá mais às pessoas que aqui nasceram, vivem e querem ficar”, afirmou Ana Cabilhas, lembrando os jovens que são forçados a sair do concelho e do país em busca de melhores condições de educação e/ou empregabilidade, como disse ter sido o seu caso.
A nível concelhio, a deputada indicou que Albergaria-a-Velha, “pela localização estratégica e pela força das suas gentes”, tem todas as condições para fixar os jovens do concelho se apostar mais em emprego e habitação, para que o “esforço dedicado à sua educação não tenha de ir para outros distritos como Porto, Coimbra ou Aveiro”, nas palavras da própria. Esta é uma capacidade que vê no projeto liderado por Sara Quinta.
Ana Cabilhas assumiu o compromisso de ser voz presente do concelho e freguesia na Assembleia da República, onde prometeu exercer “uma magistratura de influência junto do Governo para garantir todas as condições para colocar Albergaria em Primeiro”.
No campo da crítica, a deputada apontou ao atual executivo CDS-PP o “modo de estar e de gestão estritamente socialista, que os portugueses recusaram nas últimas eleições legislativas – a inoperância, o marasmo, a gestão corrente e o deixar tudo na mesma”.
Ana Cabilhas considerou as recém-inauguradas instalações do futuro Mercado Municipal da Branca/Multiusos como exemplo deste tipo de gestão – “um anúncio com vista a placas para um futuro longínquo, onde não se sabe bem o que vai acontecer ou quando”, afirmou a deputada.
Cabilhas acusou os candidatos do CDS-PP de “recusa na participação” em debates – referindo-se ao debate cancelado do Diário de Aveiro/Canal Central, sendo que, todos os partidos, com exceção do Chega, estiveram presentes no debate do Jornal D’Angeja. “Só quem não tem confiança no seu projeto é que não está disponível para o apresentar à população”, lançou a deputada.
Medidas para a Branca
Reforçando as críticas feitas por Ana Cabilhas, Bruno Oliveira apontou igualmente a perda de serviços na freguesia, enumerando “bancos, posto de correios e qualidade na Saúde”. Neste último, o candidato destacou a dificuldade dos mais idosos e isolados em deslocarem-se ao Centro de Saúde da Branca, sobretudo os que têm mobilidade reduzida.
“Não queremos ver as pessoas a terem de procurar Saúde noutras freguesias ou concelhos, queremos mais médicos e mais serviços aqui na Branca. Connosco, isso será uma realidade”, assegurou Bruno Oliveira.
Para colmatar esta problemática, a coligação propõe, em todas as Juntas e em parceria com a Câmara Municipal, a implementação do ‘Saúde à Porta’, apresentado por Sara Vinga. O projeto consiste num serviço ao domicílio de cuidados médicos, ajuda para marcar consultas, transporte para o Centro de Saúde e apoio com receitas médicas. “Não substitui os centros de saúde, mas ajuda e complementa”, sintetizou a candidata à Câmara.
Retomar a instalação de saneamento básico – que está parado há 12 anos”, acusou Bruno Oliveira – e a melhoria das vias de comunicação e segurança foram igualmente listadas como prioridades.
Na Educação, o candidato quer reabilitar a Escola Básica, que data de 1994 e apresenta “sinais evidentes de degradação”. Sara Quinta acrescentou, na sua intervenção, que a escola será dotada de “um espaço informático moderno” e a biblioteca escolar reabilitada.
A requalificação das escolas primárias está também nos planos da coligação, para melhorar as condições de “recreio, ensino e aprendizagem”. Para a Escola de Fradelos, Sara Quinta detalhou ser necessário “um novo piso e melhorar a parte exterior”.
No campo da mobilidade, Bruno Oliveira quer reabilitar a estrada da Senhora do Socorro, que liga a Branca à sede do concelho e à Zona Industrial, servindo de alternativa à Estrada Nacional e com uso frequente por parte de Bombeiros e GNR.
O candidato referiu ainda planos para a construção de uma ciclovia entre a Zona Desportiva da Branca e a cidade de Albergaria, “com iluminação, zonas de repouso e hidratação, e um WC público e bar de apoio à Zona Desportiva”.
Bruno Oliveira avançou ainda com “fundamental, a utilização de sistemas de vigilância como meio de prevenção e aumento da segurança” em locais públicos que considerem adequados, em articulação com a GNR.
“Resumindo, na Branca, não houve tempo nem dinheiro para melhorar condições de acesso à Saúde, melhorar condições de ensino e aprendizagem das nossas crianças e jovens, para requalificar as estradas e concluir o saneamento básico, nem segurança e vigilância dos equipamentos públicos. Mas, houve tempo e dinheiro para placas e letras com luzes, edifícios que custaram centenas de milhares de euros e não têm projetos associados”, criticou Bruno Oliveira.
O candidato terminou por assegurar que as preocupações e sugestões que têm ouvido na rua “não foram deitadas fora, nem esquecidas”, comprometendo-se a olhar para elas e resolvê-las a partir de dia 12 de outubro.
Críticas a “falta de estratégia”
Carlos Abreu Amorim defendeu a necessidade de mudança que nota em Albergaria-a-Velha, uma tarefa de desenvolvimento que advogou ser apenas possível num trabalho colaborativo entre órgãos autárquicos e Estado Central, sendo no contexto local de proximidade “que as políticas nacionais encontram expressão e sentido, onde são capazes de verdadeiramente mudar a vida das pessoas”, defendeu o ministro.
Ao executivo camarário do CDS-PP deixou críticas. “Fizeram o melhor que podiam, mas não puderam muito. Albergaria-a-Velha, nos últimos anos, é caraterizada e conhecida por ter falta de estratégia, planeamento, ideias e projetos”, afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares, referindo-se aos exemplos dados ao longo da noite. “Cada euro gasto tem de ser gasto com estratégia e sentido”, reforçou.
Carlos Abreu Amorim afirmou ver em Sara Vinga da Quinta o que falta para concretizar esta visão estratégica para o concelho, com “vontade, ideias e projetos vindos de quem sabe o que é preciso para alterar a vida das comunidades e melhorar a vida das pessoas”.
O ministro dos Assuntos Parlamentares destacou ainda a experiência política, preparação académica e sucesso profissional de Sara Quinta, bem como a sua serenidade, participação no associativismo e sucesso como atleta, exemplos de dedicação total a tudo em que se envolve. “Atrevo-me a dizer que é uma pessoa que não precisa da política para nada – e que bom é estar na política assim: em plena dedicação ao serviço público”, afirmou Abreu Amorim.
O ministro comprometeu-se a defender o concelho junto do Governo, disposto a colaborar em áreas como as portagens da A25 e a Linha de Alta Velocidade. “O meu telemóvel e o do Governo estão à disposição para o que entenderem e para o que seja para o bem comum”, garantiu o ministro. Sara Vinga assegurou que não hesitará em fazer a chamada sempre que necessário.
Saúde no centro
A intervenção da candidata à Câmara Municipal começou com a lembrança de que “a concelhia do PSD está de luto” pelo falecimento de Maria Cândida da Silva, esposa de Flausino Silva e mãe de Nuno Silva, “que muito deram ao nosso partido, mas sobretudo à nossa terra”, nas palavras da própria.
Sobre os planos para a Branca, Sara Quinta afirmou que “a freguesia é central no concelho e fundamental para o futuro de Albergaria” e contrariou a ideia de abundância de investimento na freguesia. “Foi algum investimento, pouco. Se pedirmos para identificarem cinco situações em que houve investimento, a maior parte terá alguma dificuldade. Como já foi dito, faltou visão estratégica, planeamento e capacidade de projetar a Branca para o futuro”, afirmou.
Como exemplos do que ficou “aquém”, a candidata referiu a pista de atletismo onde faltam duas pistas para receber provas internacionais e um campo de padel “praticamente abandonado”. “Um presidente de Câmara não pode ser apenas um executor, tem de ter ideias, ouvir a sua equipa, ouvir técnicos, negociar soluções, decidir, liderar com visão… e eu estou pronta para tudo isto”, assegurou Sara Quinta.
A candidata apresentou o programa para Albergaria-a-Velha como um todo, reforçando a importância e compromisso na recuperação da Linha do Vouga, para assegurar ligação ferroviária do concelho ao Norte do país e Área Metropolitana do Porto. O apoio ao comércio local e associações foi igualmente referido como prioritário.
As desburocratização de serviços camarários, servindo-se da tecnologia e permitindo ao utilizador acompanhar o estado do processo na autarquia foi igualmente uma proposta avançada pela candidata.
A visão da coligação para o Parque Verde da Cidade é de o construir junto às escolas, onde visam criar uma zona de centralidade desportiva, servida de uma piscina ao ar-livre. Para ler mais sobre o programa da coligação para o concelho, reveja as notícias publicadas aqui e/ou aqui.
A fechar a noite, Ana Filipa Almeida, natural da Branca e terceira na lista à Câmara Municipal, enfermeira de profissão, reforçou o compromisso com o concelho e freguesias para a melhoria de condições na área da Saúde, de acesso e qualidade de serviços prestados. A equipa à Junta foi elogiada por Sara Quinta pelo dinamismo, por ouvirem as pessoas e “pela dedicação extrema à freguesia da Branca”.
